Pular de Penhascos

Casei com um homem que gosta de pular de penhascos. David adora dar grandes saltos de fé, lançando-se no desconhecido enquanto confia somente em Deus. Ele vive a vida em vermelho brilhante. Eu não. Por natureza, prefiro viver de bege e evitar todos os riscos. Prefiro ficar atrás da cerca, longe de qualquer penhasco assustador, e fazer um piquenique tranquilo enquanto aprecio a vista.

Sempre que vejo meu marido olhando para outro precipício, é instintivo tentar convencê-lo a não fazer isso. Mas uma vez que ele tem certeza de que é a vontade de Deus para nós, sei que é meu dever de esposa segui-lo. Então eu fecho meus olhos, agarro-me à sua fé e me arrisco enquanto lamento: "Vamos morrer!"

Mas, ainda não morremos. Na verdade, toda vez que esperava cair em um abismo, em vez disso, deslizei suavemente na Rocha Eterna. Lá encontrei paz, alegria e bênçãos — até mesmo um ou dois piqueniques — e senti profunda gratidão por ter me casado com um homem cuja fé se estende à minha.

A verdade é que as cercas que eu pensava que significavam segurança, eram as paredes de uma prisão - a prisão do medo do desconhecido, do medo do que os outros pensam, do medo do fracasso. O medo mantém as esposas do ministério, e seus maridos com elas, em algemas. O medo impede a plantação de igrejas e frustra o evangelismo; impede o lançamento de novos ministérios ousados ​​e paralisa o progresso. Um espírito medroso nunca vem do Senhor (2 Timóteo 1:7).

É a prisão, não o penhasco, o lugar assustador. É terrível perceber que minhas ansiedades femininas podem atrapalhar a obra de Deus por meio de meu marido. Quando Sua orientação divina é clara para meu líder humano, é hora de eu parar de insistir e me juntar a ele em passos ousados ​​de fé, não porque meu marido seja perfeito, mas porque é a obra de Deus que estamos fazendo, e é Deus quem nos mantém seguros.

Todos os dias, casais do ministério ficam juntos na fronteira da Terra Prometida - o lugar da bênção de Deus esperando por aqueles que simplesmente confiam nEle e pulam. Sua promessa é tão verdadeira para uma esposa trêmula como eu, como foi para os filhos de Israel: "Esforça-te e tem bom ânimo, não temas, nem tenhas medo, o Senhor é quem vai contigo; não te deixará, nem te desamparará" (Deuteronômio 31:6). Mesmo um covarde em um penhasco pode ser corajoso enquanto se apega a uma promessa como essa.

Escrito por Claudia Barba